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  • Luiz Paulo

| Crítica | Star Wars Episódio IX: A Ascensão Skywalker

A Ascensão Skywalker foi um grande sinal de atenção sobre a mais nova moda de Hollywood: o resgate de clássicas e amadas franquias do cinema e TV para a atualidade. O longa escancara todos os problemas em se trabalhar de forma preguiçosa e sem o devido planejamento que grandes propriedades intelectuais necessitam, pois possuem uma grande base de fãs no mundo todo. Base de fãs, que foi despedaçada, por causa da maior doença da indústria, a busca inescrupulosa de engravatados corporativos por lucro a todo custo, neste caso, o custo foi uma das franquias mais amadas de todos os tempos.


O Episódio IX da saga foi escrito e dirigido por J.J. Abrams para tentar salvar as ruínas deixadas pelo seu antecessor em Os Últimos Jedi, segundo filme da nova trilogia. Trilogia que, começa bem com o Despertar da Força, mas que acaba se perdendo ao logo da sua jornada, sem muita profundidade e desconstrução de elementos clássicos. Sendo assim, a Bad Robot, empresa de J.J. Abrams, abraçou o projeto e ficou encarregada de colocar os filmes e a franquia de volta aos trilhos com o terceiro filme. Infelizmente Isso não aconteceu no episódio IX.


Apesar de um fã service aqui, outro ali, o filme até tenta ser legitimo e interessante quando começa amarrando as pontas destroçadas pelo ultimo filme de forma sincera, mas com o passar do tempo se torna um filme raso e desajeitado porque Abrams precisava “consertar” o máximo que podia do filme anterior no menor tempo possível, e para realizar tal tarefa teve de sacrificar a coesão e o desenvolvimento dramático da história.


O desenvolvimento do longa se resume em circunstâncias convenientes que são resolvidas milagrosamente à medida em que a trama se desenrola, mesmo que o público não tenha tempo para digerir e refletir sobre o porquê aquilo está acontecendo. São cenas com paisagens visualmente impressionantes, isto não se pode negar, a fotografia do filme é linda e o trabalho de ambientação é digno da saga, mesmo não sendo aproveitado de forma coesa, servindo para palco de uma luta pouco inspirada de sabres de luz aqui ou para apresentar alguns novos personagens irrelevantes para a trama. Não há tempo para o desenvolvimento dos personagens, exceto para Rey e Kylo, que tem um desenrolar estranhamente bizarro. Com tão pouco tempo dedicado a esses momentos em um filme em que o público poderia se conectar com a história ou personagem, questiona-se a sabedoria de todo o tempo gasto jogando estímulos para o público. No cinema, como na vida, arranja-se tempo para o que é importante e é claro que o Episódio IX escolheu e escolheu mal entregar-se ao espetáculo e desprezar a substância.


Essas críticas são apenas um fardo para o espectador interessado em uma história que faça sentido, em vez de inventá-la no decorrer do tempo. Se o limite para o filme estiver mais alinhado com os estímulos de contração mencionados anteriormente, o Episódio IX tem muitos efeitos visuais, CGI, lasers, armas, facas e bastões afiados para se banquetear. Os locais mudam constantemente, então o cenário nunca fica entediante. Todo mundo está correndo o tempo todo, então há muito movimento dentro do quadro, bem como cinematografia dinâmica para capturar esse movimento. Completando tudo isso com explosões padrão de Star Wars, acidentes e saltos na velocidade da luz; os fãs de ação ficarão entretidos. Talvez este seja o melhor que os filmes do gênero blockbuster podem aspirar hoje em dia?


Particularmente não gostei de Star Wars A Ascensão Skywalker. Porém, mesmo terminando de forma estranha e sem desenvolvimento emocional, o longa não me gerou o desgosto que tive com Os Últimos Jedi, filme que possui algumas das cenas mais lindas de toda a franquia mas que teve como objetivo incinerar a mitologia da saga. Aqui, pelo menos a mensagem de reflexão sobre o legado da historia Skywalker estava presente, mesmo que de forma desajeitada e confusa. Não crucifico J.J Abrams por ter feito o melhor que podia com o que foi deixado por Ryan Johnson, mas muito do mal desenvolvimento viera da própria tomada de decisão de Abrams no começo desta franquia com O Despertar da Força.


NOTA:

 

RUIM

 

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